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A Casa Fanti Ashanti, fundada em 1958 pelo babalorixá Euclides Talabyan, é hoje um dos centros afro religiosos mais importantes em atividade no Maranhão, referência da influência jeje-nagô no Brasil, e tema de estudos, teses e artigos de inúmeros pesquisadores em todo o país. Lá são cultuados os voduns trazidos do Benin, além dos orixás nagôs e diversas entidades surgidas no Brasil. Essa comunidade convive com símbolos, objetos, cânticos e rituais plenos de africanidade, onde a cultura jeje-nagô resiste, com raro vigor. Tendo se tornado Ponto de Cultura, em 2006, o intenso calendário de atividades da Casa inclui tradições sagradas e profanas, como o Tambor de Mina, Candomblé, Pajelança, Baião de Princesas, Samba Angola, Mocambo, Tambor de Crioula, de Taboca, Canjerê, Bumba meu Boi, Festa do Divino e outros. Pedra da Memória é fruto da memória de Euclides Talabyan, por intermédio da qual a história das religiões afro brasileiras no Maranhã pode ser reconstruída, além das transformações de suas brincadeiras populares e a geografia particular da ilha de São Luís, ao longo de sua ocupação. Essa memória não só o liga à presença milenar das entidades, que retornam em seu corpo-altar para fundamentar seu conhecimento e recriar sua religião em constante movimento, como se conecta em cadeia à memória de suas matriarcas, cujos relatos remontam ao século XIX.
Renata Amaral, a pesquisadora É coordenadora da Maracá Cultura Brasileira e do grupo a Barca, com quem realizou mais de 500 apresentações em dezenas de cidades brasileiras, além da América do Sul e Europa, nos projetos de circulação, registro e arte-educação. Desde 1991, viaja pelo Brasil formando um acervo de mais de 800 horas de registros audiovisuais e 15 mil fotos de tradições populares. Recebeu, em 2011, o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Recebeu duas vezes o Prêmio Interações Estéticas da Funarte, realizando residências artísticas no Maranhão e no Benin, e frequentemente ministra cursos e oficinas com foco em Cultura Popular Tradicional nas escolas e universidades. Diálogos Brasil-Benin - roda de conversas com o Babalorixá
Euclides Talabyan, Babalorixá Euclides Talabyan: Nascido em 1937, foi iniciado aos 7 anos para o Vodun Lissá. Em 1958, fundou a Casa Fanti Ashanti, um dos centros afro religiosos mais importantes em atividade no Maranhão, referência da influência jeje-nagô no Brasil, que se tornou ponto de Cultura em 2006. É detentor de inúmeros prêmios, como a Ordem do Mérito Cultural (2001), a Ordem Timbira (1999) e o Prêmio Culturas Populares (2008-SID/do Ministério da Cultura). É autor de oito livros sobre cultura afro-brasileira: O Candomblé no Maranhão (1984), Orixás e Voduns em Cânticos Associados (1985), A Casa Fanti-Ashanti (1986), Tambor de Mina em Conserva (2001), Candomblé, a Lei Complexa (2002), Pajelança (2003), Álbum Fotográfico – Arquivo de um Babalorixá (2004), Jubileu de Ouro (2008) e Itan de Dois Terreiros Nagô (2010).
fonte: Maracá produções
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